Pesquisas são necessárias. Fixam quadros dantescos ou os transformam em charge ou alimentam o mercado de consumo ou viramlivros ou realizam catarses...
Numa pesquisa da Indiana University, publicada no Archives of Sexual Behavior, li sobre homens e mulheres - pesquisa feita por homens.
?!?! O fato é que ficaram "atônitos". Até o que sei, devo então estar
desatualizada, pra mim a expressão é ao contrário.Sabe-se então que
mulheres não se importam muito com abraços e beijos, mas os homens, sim!
Abraços e beijos os fazem trêêêsss vezes mais felizes. Não falaram do
porquê.
A
pesquisa suscitou comentários de profissionais no assunto. Instigou-os a
investigar. E fizeram pesquisas com... a mulher. Tinha que ser. E elas
responderam. Que coragem! Três perguntas foram formuladas:sobre sentimentalismo (não sentimento), sensualidade e sexualidade. Em relação aos homens. Sentimentalismo gerou lamúrias: "um homem com quem se compartilhe coisas, em quem se possa confiar, que seja gentil". Sensualidade
provocou nada menos que: "sorriso envolvente," "vigoroso, mas não
necessariamente atlético", "apaixonado pela vida e sexo". Sexualidade
teve a ousadia de ter respostas "profundas": "eles têm que ter mais
paciência conosco", "posições preferidas e, a mais densa, "diálogo no
dia a dia.
Ah! se tivessem perguntado por que os homens as chamam de "anjo", a resposta seria: Somos seres assexuados como eles.Afinal eles são modelos.
Como
de questionamentos e respostas como essas é que sai o alimento das
normas de comportamento, de mercados de consumo, de reportagens de capa,
de propagandas, da mídia em geral, numa imagem de photoshop ( ou desfigurando-a), parei pra pensar. Loira pensa!
Numa
reflexão descolada, dessas que a gente fecha com uma risada, me disse: "
É o legado de Eva!" Na simplória cena da... você sabe. E a realidade
tacanha se consolida, tal qual a maçã envenenada num gesto descarado,
dada, pelos contadores de estórias. Bruxos? "Ah!, não"" "Calma, foi uma bruxa".
Aí o lado engraçado da história (que pode não haver acordo): Se Eva tivesse se dado a um sexo gostoso e sensual, com orgasmo, e deixado de lado o sentimentalismo,
nossa estória seria outra. E me pergunto: "Que cabeça(s) imbecil (is)
inventou (aram) esta estória? (Uso esta, porque ela está perto de mim.) E
como ela se perpetuou? E cito o fato: a mulher como cúmplice. Como? O homem replicou rápido: "Foi ela que me tentou!" Coitadinho! Vítima. E impingiu na mulher o complexo de culpa.
Haja
paciência para aguentar a estória de alma gêmea, do pedaço que me
completa, do homem que me procurou nesta vida - já tínhamos sido amantes
em outra. Não sabia que faltava pedaço no ser humano! Ah, me desculpem,
é modo de falar.
Que legado! Cresce mais que nariz de Pinóquio. Tem "gato escondido nesta história".
O fato é que, na atualidade,depois da rebeldia
feminina, de gritos de ocasião, queima de sutiã, estamos mergulhadas em
um paradoxo:a sociedade em geral, desde a mídia unida ao
social-familiar, incentiva o sentimentalismo (aqui vai bem), a
sensualidade e a sexualidade e, ao mesmo tempo, com o faro de um cão de
guarda, transforma tudo isso num ato condenável, quando protagonistas
são flagrados em um "deslize" e se formam escândalos memoráveis,
pondo-se como guardiões da Árvore do Conhecimento.
É, a mulher está carente! Principalmente as casadas. Mas não para desespero.Estão aí os sites que "buscam amantes para mulheres casadas"
É so cadastrar o perfil. Depois de vencer o desafio.
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